Para que se consiga combater a crise climática é essencial uma mudança no jeito de produzir e consumir. E, assim, promover uma onda de inovação em processos, produtos e modelos de negócio mais afinados com uma economia de baixo carbono.
Desse modo, em consonância com as diretrizes da política de sustentabilidade do Tribunal de Contas da União (PSUS-TCU), estabelecidas na Resolução-TCU 268/2015, foi formulado o Programa de Logística Sustentável do TCU (PLS-TCU). O objetivo é promover iniciativas estratégicas de sustentabilidade na gestão logística institucional e estabelecer critérios na avaliação de bens, materiais ou serviços, em função de seus impactos ambientais, sociais e econômicos.
C.K Prahalad, autor de “A Riqueza na Base da Pirâmide”, sugere um processo com cinco etapas de inovação para sustentabilidade. A primeira é a identificação de uma oportunidade clara. O PLS 2021-2025 do TCU tem em uma de suas etapas o diagnóstico institucional que permita visualizar as oportunidades de melhoria da sustentabilidade no órgão. O segundo estágio se refere a tornar as cadeias de valor mais sustentáveis. Ou seja, não apenas olhar para dentro da entidade, mas olhar para o todo. O PLS, em seus objetivos e ações, estabelece isso, como demonstram esses exemplos: aprimorar os processos de compras e as contratações, considerando critérios de sustentabilidade socioambiental; estabelecer parcerias, visando à difusão de boas práticas; ações de obras sustentáveis e manutenção predial; ações de Tecnologia da Informação.
O TCU busca empresas fornecedoras de produtos e serviços que adotem critérios de sustentabilidade. A meta geral é adquirir, até 2025, pelo menos, 90% dos itens de material de consumo do órgão com atributos sustentáveis. A terceira etapa consiste em desenvolver produtos e serviços mais sustentáveis. Inovações em sustentabilidade geram maior valor quando afetam produtos e serviços. No PLS, buscam-se parcerias justamente para que novas ideias, tanto do mercado quanto do setor público e do terceiro setor, sejam implementadas no TCU e gerem valor para o órgão. O quarto estágio trata da necessidade de novos negócios.
A quinta e última fase do processo consiste em criar formas de garantir as próximas práticas de inovação. O esforço de inovação sustentável não pode ser um espasmo. Precisa ser constante, até porque os desafios mudam com o tempo. O Programa de Logística Sustentável é justamente isso. Um planejamento de longo prazo que procura incutir no TCU a sustentabilidade como algo perene. Ele possui um prazo de 5 anos, o qual é monitorado e avaliado para que ao final seja revisto e feito um novo PLS, com as novas necessidades e ações para o próximo quinquênio.