Angola marca presença numa acção de capacitação estratégica sobre o uso da Inteligência Artificial Generativa nos Tribunais de Contas, realizada em Brasília, Brasil, sob liderança do Juiz Conselheiro Presidente, Sebastião Domingos Gunza.
No quadro da cooperação com o Instituto Rui Barbosa (IRB), o Tribunal de Contas de Angola participa, desde o início desta semana, numa formação internacional de alto nível subordinada ao tema “IA Generativa Activa: a nova fronteira do controlo externo”. A actividade decorre até esta Sexta-feira, 4 de Abril, na sede do Instituto Serzedelo Corrêa, em Brasília.
A delegação angolana é chefiada pelo Juiz Conselheiro Presidente, Dr. Sebastião Domingos Gunza, cuja presença sublinha o compromisso de Angola com a modernização institucional e a adopção de soluções tecnológicas avançadas ao serviço da fiscalização das finanças públicas.
A acção formativa, dirigida a conselheiros e magistrados dos Tribunais de Contas de todo o Brasil e de países convidados, é promovida pelo Instituto Rui Barbosa, no âmbito da promoção de uma cultura organizacional orientada para a transformação digital com base em inteligência artificial generativa (IAG).
Com um quadro curricular elaborado por académicos da Universidade de São Paulo (USP), entre os quais se destacam os professores doutores Ana Carla Bliacheriene e Luciano Vieira de Araújo, a formação visa capacitar os participantes para o uso regular, prático e estratégico de tecnologias de IA no contexto das instituições superiores de controlo.
Entre os objectivos gerais e específicos da formação, destacam-se:
•Compreender as principais tecnologias de IA aplicáveis à realidade dos Tribunais de Contas;
•Liderar processos de transformação digital no século XXI;
•Superar limitações éticas e operacionais da IA Generativa;
•Exercitar casos de uso prático e identificar oportunidades de inovação nos contextos institucionais dos tribunais.
No entender do Presidente do Tribunal de Contas de Angola, “Este é o caminho que nos vai permitir entrar na modernidade dos Tribunais de Contas, onde Angola naturalmente tem de ter o seu lugar, pela sua importância estratégica e pela responsabilidade que envolve as suas operações em benefício da transparência e boa gestão dos recursos públicos em Angola”.
A presença angolana insere-se num convénio de cooperação entre o Tribunal de Contas de Angola e o Instituto Rui Barbosa, e tem sido estratégica para a criação de novas pontes de colaboração. A delegação chefiada pelo Dr. Sebastião Gunza tem realizado aproximações institucionais com congéneres da região e com representantes da Universidade de São Paulo, explorando possíveis parcerias nos domínios do direito digital, políticas públicas e tecnologias de controlo externo.
Trata-se, pois, de uma participação que reflecte o alinhamento do Tribunal de Contas com os desígnios da modernização tecnológica e da excelência institucional, conforme previsto no seu plano estratégico.
07/04/25